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terça-feira, 9 de abril de 2013

YOGA CIENTÍFICA IV - POR QUE DEVEMOS MEDITAR ?



Núcleo Maha Vidya de Yoga
YOGA CIENTÍFICA COM SABEDORIA

(IV)



  Sem o ensinamento da Ciência da Meditação, 
a Humanidade não progredirá. 
Por que, então, Devemos Meditar?  




                  Os principais arquitetos da física moderna, sem sombra de dúvida, foram Albert Einstein e Niels Bohr.  Ambos obtiveram êxito na derrubada da física proposta por Newton. Todavia, a maior conclusão veio mesmo através de Einstein, nas primeiras décadas do Século XX, por seu Estudo da Relatividade, onde concluiu: "Energia e Matéria são formas diferentes da mesma coisa, podendo passar de uma para outra em proporções calculáveis".


   
                      Os Conhecimentos Metafísicos Budista, Hinduísta e Taoísta, enfatizaram que o mundo das aparências se faz complementado por outro. E, por detrás desses dois mundos, há outra realidade ainda mais profunda. O Taoísmo diz ser a Consciência. Uma escultura da face de Buddha, do século V, talhada com tamanha precisão mostra-o irradiando a Paz Sublime da Iluminação. Os budistas devotos procuram a Consciência Suprema, que só floresce para aqueles que superaram o barulho externo de atividade da mente. Quanto ao Indiano, a busca pelo espiritual inicia-se na análise da consciência.
                        Observando o resultado do físico Albert Einstein pela confluência da Metafísica oriental, encontro uma correlação pela qual estruturarei meus estudos iniciáticos. Em todo real impulso para descobrir o que se encontra na seqüência dos eventos em nível subatômico, sabe-se que o espaço e o tempo encontram-se indissoluvelmente ligados à consciência que só evoluirá se obtiver constante readaptação e renovação porque a Luz é o primeiro estado da matéria.
                      Quando ampliamos o conhecimento, seja na leitura da relatividade no Livro No 3, onde entendemos mais aprofundadamente que matéria e energia fazem fusão através do quadridimensional continuum de espaço tempo. Esse modelo verbal não é apenas meras palavras escritas sob influência teórica ou empirismo radical; trocadas para corresponder à percepção Vedanta Hindú, obtemos um padrão vibratório no tempo. As vibrações do padrão de onda, a partir desse ponto, inicia-se por pequenas amplitudes e, depois, crescendo numa seqüência infinitesimal. A consciência, portanto, pode funcionar como tempo ilimitado devido a transcender a matéria, o tempo, espaço e a própria causalidade linear.  
                          Muitas teorias sobre a evolução não têm serventia quando se estuda os princípios filosóficos do poder pró-criativo da natureza, ou o Akâsha do mundo fenomenal da pró-criação humana. A cronologia e seus ciclos fazem parte da História Oriental Indiana que sempre retratou o ser humano em perfeito equilíbrio e harmonia com a sua natureza interior, com o mundo exterior e o próprio Universo. A teoria proposta inicialmente por Charles Darwin (1850) foi a Seleção Natural, e vinte anos depois, Alfred Russel Wallace* escreve (1870) Contribuições à Teoria da Seleção Natural, o que só endossa o que o primeiro enfatiza no chocante absurdo do surgimento do ser humano advindo do macaco antepassado. Wallace ainda predispunha a consciência numa estrutura materialista onde os estados mentais atribuíam-se unicamente a forças evolutivas físicas. Em 1896, um teórico britânico, Thomas Henry Huxley, propagou a sua pesquisa afirmando: ..."Para que a consciência evoluiria, se não serviria a qualquer propósito adaptativo?"  Essas teorias em nada retificam, ou contribuíram sequer para a história do pensamento humano. Para esgotar a lista dos teóricos evolucionistas, a pitada de sal, ou a última opinião teórica, já atirei no cesto das coisas inúteis. Foi do psicólogo Julian Jaynes, professor titular da Universidade de Princeton. Ele ensinava que ..."A consciência não tem mais poder para modificar o mecanismo funcional do corpo, ou o comportamento deste, do que o apito do trem. Poderia o apito modificar sua maquinaria ou seu trajeto? Por mais que ele apite, os trilhos já terão decidido há muito tempo para onde irá o trem".  Coube a um fisiologista australiano, Sir John Eccles, afirmar em 1966 que o materialismo ignora a existência de conceitos tais como o livre arbítrio humano. Ele compreende ser, o livre arbítrio, uma força*. Força essa, produzida por diferentes estudos das Filosofias e Metafísicas do Mundo Oriental que defendiam o Livre Arbítrio. Compreendeu, ele, o quanto o comportamento afeta o corpo humano. Eccles baseou seus estudos na afirmação de que "Não é só os efeitos do cérebro sobre a mente, mas também o impacto da mente sobre o cérebro".
                  É notório o domínio da neurociência em cérebros acidentados, danificados e adoecidos. Mas, a natureza da consciência não costuma ser preocupação para que dela a ciência venha a se ocupar. Por outro lado, desde o século XVIII, as teorias sobre a consciência foram e continuam sendo centradas no estado de vigília normal ou quando afetada por mudanças mentais através de drogas: as produzidas por narcóticos vegetais (maconha e cocaína), os euforizantes (cogumelos) e, na categoria dos alucinógenos, o tipo LSD**.  Tais abordagens teóricas só trouxeram especulações evolucionistas fora dos estreitos limites da indagação científica.
                  Eu não poderia excluir um audacioso neurocirurgião canadense,  Wilder Penfield. Seis meses antes de morrer, após passar 84 anos reforçando posição científica dominante como hábil cirurgião em danos cerebrais, especialmente a epilepsia, revisou sua obra. Sua convicção anterior fazia-o admitir que todas as diversas reações da mente humana (sentimentos, desejos, pensamentos, sonhos e percepções), juntas, formam a consciência humana; e essas reações tinham como agentes causais as interações químicas e elétricas entre bilhões de minúsculas células nervosas.  Um belo dia, acorda trazendo a palavra grega "Pneuma", que quer dizer espírito:
NÓOS
E mudou de opinião, também desertando das fileiras clássicas e materialistas. Sua opinião, doravante, ele declarava para uma paróquia de letrados, porém incultos da alma, que:
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Notas do Autor:
* Sir John Eccles era um apaixonado por toda a filosofia da Grécia (Magna Grécia) e seus autores clássicos, Deodoro, Eratóstenes, Platão e Meneton, que nunca variaram na ordem de sabedoria ofertada sobre a consciência.
** LSD (Dietilamida de Ácido Lisérgico), substância capaz de produzir 48 horas consecutivas de alucinações poderosas. A imensa quantidade de dados (fluxo de informações) inundando os eventos mentais além dos limites de uma percepção extra-física não treinada, danificará, com graves efeitos colaterais emocionais, o equipamento perceptivo do cérebro.

      "A Mente é muito mais do que um mero sub-produto da capacidade material para processar informações".

Devemos a esse canadense, que acordou iluminado, o que ficou do outro lado da linha pontilhada que separa as multidões de cientistas e teólogos que se ocuparam em explicar a mente humana sem colocar a sociedade em um caminho correto, dando-lhe apenas credibilidade anatômica. Pouco antes de morrer, Penfield disse: "A Consciência do Homem, a Mente, é algo que não pode ser reduzido aos mecanismos do cérebro". A partir daí, as abordagens místicas e espirituais para o entendimento da Mente, pelos ocidentais, diminuíram quanto ao contingente que descartava a pesquisa por se tratar de assunto fantasioso. Os que abraçaram a causa de Wilder Penfield desconfiaram que o reino multifacetado da consciência não poderia tão somente ser equacionado e explicado unicamente pelos fenômenos físicos
                 O debate sobre as origens da Consciência não teve início nos tempos de Platão, Sócrates, Pitágoras e Jâmblico, que em sua época já ensinavam sobre a Mente através de uma significação mais profunda; eles só perpetuavam a memória do modelo espiritual da consciência aprendido no sublime ensino do Período Védico Indiano. Não hesito em escrever que toda sabedoria, quanto a um modelo perfeito de vida física, mental e espiritual, nasceu na Índia. Por anos vivenciei técnicas extraordinárias* para poder entender em serenidade os atos miraculosos de Gautama Buddha, Platão, Sócrates, Simão o Mago, Apolônio de Tyana (o contemporâneo de Jesus de Nazaré) que em sua época foi fundador de uma Escola Espiritual onde tratava sobre a Quintessência da Espiritualidade e as mais elevadas Verdades morais, Jesus e Amônio Saccas.  Nenhum deles contradisse o outro. Todos eles comportaram-se na serenidade de um Sábio; mantiveram inalterada a doçura de seu caráter, e suas convicções granjearam uma reverente admiração de todos. Detalhe: nunca mentiram e todos estavam adaptados à mente Hindu.
Grande parte da História da Índia encontra-se descrita no Mahabharata (ou Grande Bharatas) composto em sânscrito, elaborado por um único Sábio. Na Sexta Seção está o clássico Bhagavadgita (Sublime Canção ao Senhor) que é a mais famosa de todas as Escrituras Sagradas Védica Canônica.                           
                      
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* Nota do Autor:   Pertenço a uma Sociedade que sublima aos seus iniciados um Sistema Esotérico puro, do período arcaico, que se refletiu nos Vedas mais velhos, construiu a Filosofia de Gautama Buddha e influencia, nos dias atuais, todos os seus membros a se manterem em constante desenvolvimento da verdadeira educação Espiritual, seja na orientação prática do aperfeiçoamento da consciência superior, como também nas excursões da mente para com o muito mais amplo dela.

O Gita é um ensinamento secreto. Um Upanishads (Sentar-se perto do "próprio Mestre") é uma referência da transmissão oral do conhecimento "esotérico velado" de um Mestre para um discípulo. O que singulariza a transmissão está em ela ser um refinamento dos Ensinamentos Espirituais Védicos.
                    Ao longo da História, seres humanos excepcionais transmitiram esses Ensinos Superiores (todos foram beber na mesma fonte) para aqueles que possuíam compreensão equivocada de si mesmo e falhas da percepção devido ao sofrimento. Só o conhecimento da consciência, sem estar no domínio de uma religião faz coerção espiritual e perplexidade em estudos bíblicos que só escamoteiam a verdade originalmente contida no Novo Testamento*, pode destruir a ignorância imposta.  Aprendi, como iniciado do quinto grau, que um padre, um cardeal, sabe que é um impostor da palavra divina, a não ser que seja um tolo e tenha aprendido a mentir desde a infância pois, é um negócio perigoso brincar com almas, já que se constitui problema suficiente salvar a nossa própria.
                 Vivemos numa sociedade onde o dia-a-dia fragmenta nossas camadas mentais mais profundas e recrudescem a imaginação, doutrinas evangelizadoras que controlam o aperfeiçoamento da consciência e uma religião oficial____o catolicismo____ que enfrenta o rompimento de suas defesas até então casamatas seculares. O cenário do ocidente é de folhas desprendendo-se dos galhos das árvores, encobrindo o chão de cores que perderam seu viço. As ilusões que se desmancham ainda detêm aqueles que tentam transformá-las em realidades. Um reduzido número de seres humanos sabe como se colocar apropriadamente numa sociedade adaptada para nutrir e criar ignorantes. Meditar é uma válvula de escape para quem não mais deseja cometer tolices. Acredito que viver continuadamente infligido pelas superstições, dogmas, preconceitos e convenções hipócritas, é o pior lado para aqueles que desejam deliberadamente ser seres humanos prostrados.
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* Nota do Autor:  Em 1947, em Qumran, noroeste do Mar Morto, foi descoberto, escondido no rochedo, o que posteriormente ficou conhecido como "Manuscritos do Mar Morto"; rolos de couro dentro de jarras compridas deitadas no chão da Gruta. A datação dos rolos (sete ao todo) constava como Século I a.C.   A pesquisa revelou que  pessoas diferentes escreveram os primeiros manuscritos e apenas dois rolos tem como autor o profeta Isaías. Anos depois, o relatório final sobre os manuscritos publicava uma conclusão que ia em desencontro a todas as referências existentes no Novo Testamento. A História do Mundo entendida pelo contexto bíblico, ao que ali ficou constatado, sofreu injunções e aniquilações religiosas e políticas. Os Manuscritos revelaram-se, ao que já se tinha de oficializado biblicamente, recolocando o cristianismo em suas verdadeiras perspectivas históricas e culturais, revolucionando tudo. O Cristo crucificado é um símbolo. A revelação completa dos manuscritos do Mar Morto provocaria uma mudança completa na visão atual do cristianismo e obrigaria o Vaticano, e suas Igrejas espalhadas pelo mundo, a uma reformulação total.


Como pode uma religião argumentar que é errado aquilo que proporciona uma Paz tão profunda?   E, por que se embaraçam com questões supérfluas? Para mim, as religiões de padrões rasos e teóricos demais são como minas exaustas. Podemos escavá-las mas, nada em suas paredes será encontrado. Recorro mais uma vez ao físico Einstein em seu aforismo bastante válido até os dias atuais: ..."Até onde as leis da matemática façam referência à realidade tridimensional, elas estão longe de constituir algo certo. Mas, na medida em que seus números passem a constituir algo certo, não se referirão à tridimensionalidade".  O factual, portanto, é que todos os formatos evangelizadores, doutrinadores e católicos, trabalham seus modelos de fé pelo uso da palavra bíblica. Juntas, a realidade direta acentua-se imprecisa e incompleta, enquanto que a Meditação se baseia numa experiência direta. Todo e qualquer ser humano, não é apenas um emaranhado de ações e reações, para que a religião ou um culto evangélico reivindique direitos divinos para retirá-lo do emaranhado, e ele, em troca, vestir-se de evangélico. Via de regra, é a consciência que devemos trabalhar, muito mais do que nos condicionarmos numa religião. Por mais que esta sinalize libertação, o trabalho que realizará não produzirá profundas impressões na mente. Pois, não há causa desvinculada dos seus efeitos enquanto não se superar erros. E o ser humano erra em excesso.
                  O objetivo básico da Meditação é possibilitar ao praticante a sintonização com a fonte espiritual inserida nele mesmo. É a nossa conexão com Deus, sem uso de palavras bíblicas; leitura de trechos bíblicos que não representam sequer minimamente a evolução individual humana. A Paz não se expressa por palavreados estéreis que, com limitação da lógica e do raciocínio, são cuidadosamente selecionados para dramatizar a concentração de quem os ouve e envolve-lo na salvação, apossando-se permanentemente de sua consciência. Não há nesse contexto um só fato, uma só afirmação, que não seja comprovado por tudo que a Internet disponibiliza documentadamente. Os que buscam a compreensão da nossa época, entendem que os profissionais de Deus julgam seus fiéis como propriedade abandonada pertencendo a quem quiser.  Quem não aprendeu, pela consciência, a saber lidar com a própria experiência não sensorial da realidade, viverá os aspectos paradoxais dessa experiência. E isso sempre significou que qualquer ser humano vivenciou e vivencia a própria existência no limiar das situações: ou ele se transforma para um pólo mais dinâmico, ou ele se explicita na unidade do extremo oposto. Portanto, não temos que buscar conexão com os cultos doutrinadores, teólogos ou evangelizações; somos genuinamente seres espirituais e necessitamos unicamente aprender como conectar nosso corpo à mente, que é a ativadora das nossas qualidades espirituais. Nossa mais importante tarefa é aprender a Arte da Meditação; ela é o Manual, passo a passo, para a melhoria de nossas energias psicofísicas e o crescimento espiritual. Somente e unicamente o ser humano pode reorientar sua jornada pessoal. A Meditação permite o equilíbrio para obtenção da harmonia entre os opostos*. Os cinco sentidos representam o ponto em que os seres humanos são todos iguais e imperfeitos, por não saberem da existência do sexto sentido.
                  Esses ensinamentos não são de todo meus. Aprendi, através da investigação, experimentação e estudos, a compreender que qualquer caminho que se tome, este possuirá movimentos e mudanças, acentuadamente. Minhas deduções pessoais quanto ao que escrevo em linhas metafísicas se fazem correspondentes à Sociedade Iniciática a que pertenço.
  


                                   

 Agracio, com o que tenho
                                             em  sentimento de gratidão
                                             por sua leitura.   Aqui fico.

                Shrî  Vidyacharanasampanaananda
                     
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* Nota do Autor:   Aprendi, pelas palavras técnicas onde se expressam os estados superiores da consciência, que tudo no Universo encontra-se organizado em escalas de vibrações. O ser humano tem seis sentidos; o sexto é a própria consciência. Quando ela é ativada pela meditação, significa, simbolicamente, a queda das paredes de nossa prisão. Os cinco sentidos só serão afetados quando a meditação realizar uma aversão nos pensamentos, sentimentos e crendices desamparadas da Verdade Divina. Isso conduzirá gradativamente ao corpo fisiológico, que dispara uma série de reações. Se os efeitos sobre a anatomia fisiológica se fazem notáveis, para a alma humana a repercussão não é menor. O comportamental dos opostos interagem num só.