Núcleo Maha Vidya de
Yoga
YOGA CIENTÍFICA COM SABEDORIA
(IV)
Sem o ensinamento da Ciência da
Meditação,
a Humanidade não progredirá.
Por
que, então, Devemos Meditar?
Os principais arquitetos da física moderna, sem sombra
de dúvida, foram Albert Einstein e Niels Bohr.
Ambos obtiveram êxito na derrubada da física proposta por Newton.
Todavia, a maior conclusão veio mesmo através de Einstein, nas primeiras décadas
do Século XX, por seu Estudo da Relatividade, onde concluiu: "Energia e Matéria são formas
diferentes da mesma coisa, podendo passar de uma para outra em proporções
calculáveis".
Os
Conhecimentos Metafísicos Budista, Hinduísta e Taoísta, enfatizaram que o mundo
das aparências se faz complementado por outro. E, por detrás desses dois
mundos, há outra realidade ainda mais profunda. O Taoísmo diz ser a Consciência.
Uma escultura da face de Buddha, do século V, talhada com tamanha precisão
mostra-o irradiando a Paz Sublime da Iluminação. Os budistas devotos procuram a
Consciência Suprema, que só floresce para aqueles que superaram o barulho
externo de atividade da mente. Quanto ao Indiano, a busca pelo espiritual
inicia-se na análise da consciência.
Observando
o resultado do físico Albert Einstein pela confluência da Metafísica oriental,
encontro uma correlação pela qual estruturarei meus estudos iniciáticos. Em
todo real impulso para descobrir o que se encontra na seqüência dos eventos em
nível subatômico, sabe-se que o espaço e o tempo encontram-se indissoluvelmente
ligados à consciência que só evoluirá se
obtiver constante readaptação e renovação porque a Luz é o primeiro estado da
matéria.
Quando ampliamos
o conhecimento, seja na leitura da relatividade no Livro No 3, onde
entendemos mais aprofundadamente que matéria e energia fazem fusão através do quadridimensional continuum de espaço tempo.
Esse modelo verbal não é apenas meras palavras escritas sob influência teórica
ou empirismo radical; trocadas para corresponder à percepção Vedanta Hindú,
obtemos um padrão vibratório no tempo.
As vibrações do padrão de onda, a partir desse ponto, inicia-se por pequenas
amplitudes e, depois, crescendo numa seqüência infinitesimal. A
consciência, portanto, pode funcionar como tempo ilimitado devido a transcender
a matéria, o tempo, espaço e a própria causalidade linear.
Muitas
teorias sobre a evolução não têm serventia quando se estuda os princípios
filosóficos do poder pró-criativo da natureza, ou o Akâsha do mundo fenomenal da pró-criação humana. A cronologia e
seus ciclos fazem parte da História Oriental Indiana que sempre retratou o ser
humano em perfeito equilíbrio e harmonia com a sua natureza interior, com o
mundo exterior e o próprio Universo. A teoria proposta inicialmente por Charles
Darwin (1850) foi a Seleção Natural, e vinte anos depois, Alfred Russel
Wallace* escreve (1870) Contribuições à Teoria da Seleção Natural, o que só
endossa o que o primeiro enfatiza no chocante absurdo do surgimento do ser
humano advindo do macaco antepassado. Wallace ainda predispunha a consciência
numa estrutura materialista onde os estados mentais atribuíam-se unicamente a
forças evolutivas físicas. Em 1896, um teórico britânico, Thomas Henry Huxley, propagou
a sua pesquisa afirmando: ..."Para
que a consciência evoluiria, se não serviria a qualquer propósito
adaptativo?" Essas teorias em
nada retificam, ou contribuíram sequer para a história do pensamento humano.
Para esgotar a lista dos teóricos evolucionistas, a pitada de sal, ou a última
opinião teórica, já atirei no cesto das coisas inúteis. Foi do psicólogo Julian
Jaynes, professor titular da Universidade de Princeton. Ele ensinava que ..."A consciência não tem mais poder
para modificar o mecanismo funcional do corpo, ou o comportamento deste, do que
o apito do trem. Poderia o apito modificar sua maquinaria ou seu trajeto? Por
mais que ele apite, os trilhos já terão decidido há muito tempo para onde irá o
trem". Coube a um fisiologista australiano, Sir
John Eccles, afirmar em 1966 que o materialismo ignora a existência de
conceitos tais como o livre arbítrio
humano. Ele compreende ser, o livre arbítrio, uma força*. Força essa,
produzida por diferentes estudos das Filosofias e Metafísicas do Mundo Oriental
que defendiam o Livre Arbítrio. Compreendeu, ele, o quanto o comportamento
afeta o corpo humano. Eccles baseou seus estudos na afirmação de que "Não é só os efeitos do cérebro sobre
a mente, mas também o impacto da mente sobre o cérebro".
É
notório o domínio da neurociência em cérebros acidentados, danificados e
adoecidos. Mas, a natureza da consciência não costuma ser preocupação para que
dela a ciência venha a se ocupar. Por outro lado, desde o século XVIII, as
teorias sobre a consciência foram e continuam sendo centradas no estado de
vigília normal ou quando afetada por mudanças mentais através de drogas: as
produzidas por narcóticos vegetais (maconha e cocaína), os euforizantes
(cogumelos) e, na categoria dos alucinógenos, o tipo LSD**. Tais abordagens teóricas só trouxeram
especulações evolucionistas fora dos estreitos limites da indagação científica.
Eu
não poderia excluir um audacioso neurocirurgião canadense, Wilder Penfield. Seis meses antes de morrer,
após passar 84 anos reforçando posição científica dominante como hábil
cirurgião em danos cerebrais, especialmente a epilepsia, revisou sua obra. Sua
convicção anterior fazia-o admitir que todas as diversas reações da mente
humana (sentimentos, desejos, pensamentos, sonhos e percepções), juntas, formam
a consciência humana; e essas reações tinham como agentes causais as interações
químicas e elétricas entre bilhões de minúsculas células nervosas. Um belo dia, acorda trazendo a palavra grega "Pneuma", que quer dizer
espírito:
NÓOS
E
mudou de opinião, também desertando das fileiras clássicas e materialistas. Sua
opinião, doravante, ele declarava para uma paróquia de letrados, porém incultos
da alma, que:
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Notas do Autor:
*
Sir
John Eccles era um apaixonado por toda a filosofia da Grécia (Magna Grécia) e
seus autores clássicos, Deodoro, Eratóstenes, Platão e Meneton, que nunca
variaram na ordem de sabedoria ofertada sobre a consciência.
**
LSD (Dietilamida de Ácido Lisérgico), substância capaz de produzir 48 horas
consecutivas de alucinações poderosas. A imensa quantidade de dados (fluxo de
informações) inundando os eventos mentais além dos limites de uma percepção
extra-física não treinada, danificará, com graves efeitos colaterais
emocionais, o equipamento perceptivo do cérebro.
"A Mente é muito mais do que um mero
sub-produto da capacidade material para processar informações".
Devemos
a esse canadense, que acordou iluminado, o que ficou do outro lado da linha
pontilhada que separa as multidões de cientistas e teólogos que se ocuparam em
explicar a mente humana sem colocar a sociedade em um caminho correto,
dando-lhe apenas credibilidade anatômica. Pouco antes de morrer, Penfield
disse: "A Consciência do Homem, a
Mente, é algo que não pode ser reduzido aos mecanismos do cérebro". A
partir daí, as abordagens místicas e espirituais para o entendimento da Mente,
pelos ocidentais, diminuíram quanto ao contingente que descartava a pesquisa
por se tratar de assunto fantasioso. Os que abraçaram a causa de Wilder
Penfield desconfiaram que o reino
multifacetado da consciência não poderia tão somente ser equacionado e
explicado unicamente pelos fenômenos físicos.
O debate
sobre as origens da Consciência não teve início nos tempos de Platão, Sócrates,
Pitágoras e Jâmblico, que em sua época já ensinavam sobre a Mente através de
uma significação mais profunda; eles só perpetuavam a memória do modelo
espiritual da consciência aprendido no sublime ensino do Período Védico
Indiano. Não hesito em escrever que toda sabedoria, quanto a um modelo perfeito
de vida física, mental e espiritual, nasceu na Índia. Por anos vivenciei
técnicas extraordinárias* para poder entender em serenidade os atos miraculosos
de Gautama Buddha, Platão, Sócrates, Simão o Mago, Apolônio de Tyana (o contemporâneo de
Jesus de Nazaré) que em sua época foi fundador de uma Escola Espiritual onde
tratava sobre a Quintessência da Espiritualidade e as mais elevadas Verdades
morais, Jesus e Amônio Saccas. Nenhum deles
contradisse o outro. Todos eles comportaram-se na serenidade de um Sábio;
mantiveram inalterada a doçura de seu caráter, e suas convicções granjearam uma
reverente admiração de todos. Detalhe: nunca
mentiram e todos estavam adaptados à
mente Hindu.
Grande
parte da História da Índia encontra-se descrita no Mahabharata (ou Grande Bharatas)
composto em sânscrito, elaborado por um único Sábio. Na Sexta Seção está o
clássico Bhagavadgita (Sublime Canção ao Senhor) que é a mais famosa de
todas as Escrituras Sagradas Védica
Canônica.
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*
Nota do Autor: Pertenço a uma Sociedade que
sublima aos seus iniciados um Sistema Esotérico puro, do período arcaico, que
se refletiu nos Vedas mais velhos, construiu a Filosofia de Gautama Buddha e
influencia, nos dias atuais, todos os seus membros a se manterem em constante
desenvolvimento da verdadeira educação Espiritual, seja na orientação prática
do aperfeiçoamento da consciência superior, como também nas excursões da mente
para com o muito mais amplo dela.
O Gita é um ensinamento secreto. Um Upanishads (Sentar-se perto do "próprio Mestre") é uma
referência da transmissão oral do conhecimento "esotérico velado" de um Mestre para um discípulo. O que
singulariza a transmissão está em ela ser um refinamento dos Ensinamentos
Espirituais Védicos.
Ao longo da
História, seres humanos excepcionais transmitiram esses Ensinos Superiores (todos foram beber na mesma fonte) para
aqueles que possuíam compreensão
equivocada de si mesmo e falhas da
percepção devido ao sofrimento. Só o conhecimento da consciência, sem estar
no domínio de uma religião faz coerção
espiritual e perplexidade em estudos
bíblicos que só escamoteiam a verdade originalmente contida no Novo Testamento*,
pode destruir a ignorância imposta. Aprendi,
como iniciado do quinto grau, que um
padre, um cardeal, sabe que é um impostor da palavra divina, a não ser que seja
um tolo e tenha aprendido a mentir desde a infância pois, é um negócio perigoso
brincar com almas, já que se constitui problema suficiente salvar a nossa
própria.
Vivemos
numa sociedade onde o dia-a-dia fragmenta nossas camadas mentais mais profundas
e recrudescem a imaginação, doutrinas evangelizadoras que controlam o
aperfeiçoamento da consciência e uma religião oficial____o catolicismo____ que
enfrenta o rompimento de suas defesas até então casamatas seculares. O cenário
do ocidente é de folhas desprendendo-se dos galhos das árvores, encobrindo o
chão de cores que perderam seu viço. As ilusões que se desmancham ainda detêm
aqueles que tentam transformá-las em realidades. Um reduzido número de seres
humanos sabe como se colocar apropriadamente numa sociedade adaptada para
nutrir e criar ignorantes. Meditar é uma válvula de escape para quem não mais
deseja cometer tolices. Acredito que viver continuadamente infligido pelas
superstições, dogmas, preconceitos e convenções hipócritas, é o pior lado para
aqueles que desejam deliberadamente ser seres humanos prostrados.
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* Nota
do Autor: Em 1947, em Qumran, noroeste do Mar Morto, foi
descoberto, escondido no rochedo, o que posteriormente ficou conhecido como
"Manuscritos do Mar Morto"; rolos de couro dentro de jarras compridas
deitadas no chão da Gruta. A datação dos rolos (sete ao todo) constava como
Século I a.C. A pesquisa revelou
que pessoas diferentes escreveram os
primeiros manuscritos e apenas dois rolos tem como autor o profeta Isaías. Anos
depois, o relatório final sobre os manuscritos publicava uma conclusão que ia
em desencontro a todas as referências existentes no Novo Testamento. A História
do Mundo entendida pelo contexto bíblico, ao que ali ficou constatado, sofreu
injunções e aniquilações religiosas e políticas. Os Manuscritos revelaram-se,
ao que já se tinha de oficializado biblicamente, recolocando o cristianismo em
suas verdadeiras perspectivas históricas e culturais, revolucionando tudo. O
Cristo crucificado é um símbolo. A revelação completa dos manuscritos do Mar
Morto provocaria uma mudança completa na visão atual do cristianismo e
obrigaria o Vaticano, e suas Igrejas espalhadas pelo mundo, a uma reformulação
total.
Como
pode uma religião argumentar que é errado aquilo que proporciona uma Paz tão profunda? E, por que se embaraçam com questões
supérfluas? Para mim, as religiões de padrões rasos e teóricos demais são como
minas exaustas. Podemos escavá-las mas, nada em suas paredes será encontrado.
Recorro mais uma vez ao físico Einstein em seu aforismo bastante válido até os
dias atuais: ..."Até onde as leis
da matemática façam referência à realidade tridimensional, elas estão longe de
constituir algo certo. Mas, na medida em que seus números passem a constituir
algo certo, não se referirão à tridimensionalidade". O factual, portanto, é que todos os
formatos evangelizadores, doutrinadores e católicos, trabalham seus modelos de
fé pelo uso da palavra bíblica. Juntas, a realidade direta acentua-se imprecisa
e incompleta, enquanto que a Meditação se baseia numa experiência direta. Todo
e qualquer ser humano, não é apenas um emaranhado de ações e reações, para que
a religião ou um culto evangélico reivindique direitos divinos para retirá-lo
do emaranhado, e ele, em troca, vestir-se de evangélico. Via de regra, é a
consciência que devemos trabalhar, muito mais do que nos condicionarmos numa religião. Por mais que esta sinalize libertação, o trabalho que realizará
não produzirá profundas impressões na mente. Pois, não há causa desvinculada
dos seus efeitos enquanto não se superar erros. E o ser humano erra em excesso.
O
objetivo básico da Meditação é possibilitar ao praticante a sintonização com a
fonte espiritual inserida nele mesmo. É a nossa conexão com Deus, sem uso de
palavras bíblicas; leitura de trechos bíblicos que não representam sequer
minimamente a evolução individual humana. A Paz não se expressa por palavreados
estéreis que, com limitação da lógica e do raciocínio, são cuidadosamente
selecionados para dramatizar a concentração de quem os ouve e envolve-lo na
salvação, apossando-se permanentemente de sua consciência. Não há nesse
contexto um só fato, uma só afirmação, que não seja comprovado por tudo que a
Internet disponibiliza documentadamente. Os que buscam a compreensão da nossa
época, entendem que os profissionais de Deus julgam seus fiéis como propriedade abandonada pertencendo a quem
quiser. Quem não aprendeu, pela
consciência, a saber lidar com a própria experiência não sensorial da
realidade, viverá os aspectos paradoxais dessa experiência. E isso sempre
significou que qualquer ser humano vivenciou e vivencia a própria existência no
limiar das situações: ou ele se transforma para um pólo mais dinâmico, ou ele
se explicita na unidade do extremo oposto. Portanto, não temos que buscar
conexão com os cultos doutrinadores, teólogos ou evangelizações; somos
genuinamente seres espirituais e necessitamos unicamente aprender como conectar
nosso corpo à mente, que é a ativadora das nossas qualidades espirituais. Nossa
mais importante tarefa é aprender a Arte da Meditação; ela é o Manual, passo a
passo, para a melhoria de nossas energias psicofísicas e o crescimento
espiritual. Somente e unicamente o ser humano pode reorientar sua jornada
pessoal. A Meditação permite o equilíbrio para obtenção da harmonia entre os
opostos*. Os cinco sentidos representam o ponto em que os seres humanos são
todos iguais e imperfeitos, por não saberem da existência do sexto sentido.
Esses
ensinamentos não são de todo meus. Aprendi, através da investigação,
experimentação e estudos, a compreender que qualquer caminho que se tome, este
possuirá movimentos e mudanças, acentuadamente. Minhas deduções pessoais quanto
ao que escrevo em linhas metafísicas se fazem correspondentes à Sociedade
Iniciática a que pertenço.
Agracio, com o
que tenho
em sentimento de gratidão
por sua
leitura. Aqui fico.
Shrî Vidyacharanasampanaananda
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* Nota
do Autor: Aprendi, pelas palavras
técnicas onde se expressam os estados superiores da consciência, que tudo no
Universo encontra-se organizado em escalas de vibrações. O ser humano tem seis
sentidos; o sexto é a própria consciência. Quando ela é ativada pela meditação,
significa, simbolicamente, a queda das paredes de nossa prisão.
Os cinco sentidos só serão afetados quando a meditação realizar uma aversão nos
pensamentos, sentimentos e crendices desamparadas da Verdade Divina. Isso
conduzirá gradativamente ao corpo fisiológico, que dispara uma série de
reações. Se os efeitos sobre a anatomia fisiológica se fazem notáveis, para a
alma humana a repercussão não é menor. O comportamental dos opostos interagem
num só.