Para uma Profunda
Reflexão
A História da Humanidade muito deve ao
período tradicional da Metafísica Védica (na
continuação esotérica do Ritualismo),
principalmente no primeiro de seus quatro Hinários onde cito apenas o
Rig Veda devido aos excelentes Ensinamentos Secretos Espirituais que expressam,
há 3.000 anos a.C., o Yoga como uma disciplina espiritual que leva à autotranscendência e a realização de si
mesmo, ou o conhecimento do Si Mesmo (Átma
darshana).
São segredos tudo aquilo que desde o passado
tem proporcionado ao ser humano conquistar a própria autotransformação, não permitindo que forças opostas promovam "influências invertidas" às Hierárquicas Superiores. A grande receita
da Sabedoria Iluminada para todos que já alcançaram graus, quanto ao
reconhecimento de si mesmo em desatenção das identidades egóicas (ahamkâra),
literalmente é:
Esforcem-se (ou
esforcemo-nos) para estar ao lado dos bons quanto ao prazo demarcado para
término do ciclo terrestre, nos últimos anos do século XXI.
O que os segredos
preservam é como proporcionar, nas Iniciações, a transposição do ser humano
para o estado de super humano. Se podemos, por que continuar como os inúmeros
sujeitos passivos? Se todos nós possuímos no íntimo o direito a uma evolução,
por que deixá-la adormecida sem manifestar nossos poderes? O segredo é aprender
como se deixar levar guiado pela luz interior. Mesmo o Upasana (hábito do culto
interno), com suas internalizações na Mística Védica, possui a prática dos
Ritos. O seres humanos que, desde os tempos do Rig Veda, não possuíam a
estreiteza da consciência, tornaram-se divinizados não apenas devido ao esforço
extenuante para realizar, com convicção, rituais em ações perfeitas e na melhor
posição das chaves secretas; tornaram-se divinos, pelos valores obtidos por
cada obstáculo vencido, em cada nível mais profundo sublimado. Eis a receita,
portanto.
Para
bilhões de seres humanos, a religião é a maior necessidade na procura de Deus,
um alimento, até. Todos têm diferentes conceitos ou idéia de quem é Deus.
Alguns são insuficientes, outros adequados, reverentes, falhos, mas existindo
acordo em um ponto essencial: Deus é Onipotência
Divina.
Religião representa a resposta da quase totalidade da humanidade ao chamamento
que orienta as emoções. Assim sendo, cada parte do ser humano disponibiliza um
lugar para guardar uma religião. Ela é sua aspiração fervorosa ao céu. Há algo
na religião que organiza o intelecto para que o entendimento, por mais formal que
seja, colabore numa crença. E ela vestirá o estado psíquico, emocional e
corporal anímico do ser humano mas, não desenvolverá seu sentido metafísico, ou o quarto
sentido espiritual. O que religião nenhuma oferece é o ideal da
transformação, o lado divino da natureza
humana, aquele que deveria ser a via da verdadeira realização em seu fim
prático: torná-lo a imagem e semelhança
de Deus. Para tal, a natureza humana terá que transcender. Em Jó 14.6
consta:
"Ego sum via, veritas et vita:
nemo venit ad patraen,
nisi per me."
Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai
a não ser por mim.
Quem entre os seres
humanos possui autoridade para elementar vida espiritual, domínios da vida
interior, em sabedoria vivenciada pela experiência esotérica, se não for um
que já possua um grau notável de si
mesmo (situado bem acima do véu do abismo e dele já ultrapassado)?... Este poderá. Qualquer coisa
menos que isso, é mera erudição religiosa, que não comporta créditos de
conversão, não ajuda sequer como reflexão da correta relação entre o ser
humano, o mundo e Deus.
Erramos
quando obedecemos para ser humildes. Humildade imobiliza a vontade da grandeza;
limitação no plano espiritual é doença ao plano intelectual. Quando um
religioso, um evangelizador, embora conheçam bem os conceitos teológicos, ou
espiritistas que deles se servem, e os aplicam às multidões carentes e classes
sociais menos favorecidas, trabalham na corrente tenebrosa do fiat voluntas nostra (ou magia coletiva). A totalidade dos
oradores, executores de conhecimentos e palestrantes, não ultrapassou o próprio
poder e, possuidores de fraca imposição da vontade pessoal, não tem orientação
para verticalizar a energia superior,
operando portanto com a corrente
horizontal que ensina humildade. Então, eles são um espião visitando o reino
espiritual, e não um cidadão.
Todo
aquele que apenas possui conhecimento didático da espiritualidade, é um ser
humano com apenas uma perna, não podendo ficar de pé com segurança, muito menos
andar em direção ao interno por ter fé estabelecida por muletas. O portão de entrada do Reino Espiritual
passa pela religião, isso é um fato. Mas, depois, o portão de entrada que leva
a um Templo não será mais o próprio templo mas, o Lótus de Mil Pétalas, aquele
que se faz simbolizado na coroa de espinhos. Os cravos da
objetividade formando a Consciência.
Aqui
fico.