O que está por trás na Mudança da Chave Consciencial
Compartilho dentro do recinto físico das
sessões de Yoga tudo aquilo que faz parte da Tradição Maha Vidya. Sirvo a cada
um com o Conhecimento da Arte Real Siddha, que aprendi através do amado Mestre
Siddha Swami Muktananda. Honro sua memória ao dedicar minha vida ao
"Pai" que está desperto em mim com a Divina Mãe Kundalini bem-dignando-me
hoje e sempre. Ao tornar-me Mestre de Mim Mesmo, a compreensão primeira que
brotou de forma permanente foi que todos nós estamos aqui para o serviço de
algo mais profundo. Portanto,
jamais deve o ser humano buscar fora daquilo que já se encontra dentro de cada
um de nós, adormecido. As antigas interpretações que o Oriental transmite, com
certeza podem falhar e muitas falharam. Porém, as Antigas Verdades permanecem e
permanecerão. Os antigos e errôneos conceitos, aqueles que já ousaram trabalhar
o próprio Atma (o Eu) reconhecem o quanto as vãs loiolas espirituais
servem como indutoras de erros. Somente a Sabedoria, surja de onde surgir, hoje
(nem no Oriente se encontra) surgirá a quem dela buscar irradiando luz à
consciência, trazendo a beleza da compreensão iniciática.
Quando
nos percebemos servidores do nosso Pai Mãe Secreto (Shakti Kundalini) em
comunhão e união proporcionando sucessivas experiências interiores, capturamos
o significado esotérico das palavras: Na incomensurável Oficina do Îshvara (Deus), que para criar visível Sua Fiat Lux supôs a sombra e, para manifestar
Sua Verdade tornou possível a dúvida. A primeira reflexão que torno
acessível aos estudiosos de si mesmos é: Îshvara
(Deus) jamais falou ao ser humano mundano mas, falou através dos Sábios,
Iniciados de Alto Grau, Adeptos, e todos aqueles através de Ensinamentos
Esotéricos (rasgaram alguns véus),
e nada faz na Natureza a não ser através
das Leis da Natureza.
Como
Humanidade, estamos todos a viver daquilo que metafisicamente representa como
Mudança da Chave Consciencial e essa mudança configura-se na progressiva
climática vivenciada atmosfericamente e também na superfície planetária. A
segunda e última Reflexão vem de encontro aos que pela consciência iniciam o
Caminho Espiritual: Somos, a um só
tempo, ser humano natural e o Ser Humano Sobrenatural. Em ambas situações a Chave de Mudança
Consciencial atuará.
O
que vem isso esclarecer um pouco sobre nós?
É que estamos, enquanto inocentes
úteis ou pedestres distraídos,
enredados num profundo mistério. Bilhões de seres humanos não conseguem ficar
longe das muletas herdadas de nossos antecessores. É basicamente impossível
criar-se um roteiro esotérico para o despertar humano individualmente enquanto
ele se dispuser do próprio dia-a-dia existencial neurótico, valorizado e
flexibilizado por um longo processo SERVILizatório
urdido pelo modo de viver rechaçado no fanatismo religioso, na ambição e
desvios morais gravíssimos (pedofilia,
narcotráfico), etc.
Nossa
Consciência é tão eterna quanto nosso Espírito o é. No posto de Siddha, ensino
que o espírito necessita de uma roupagem física para conhecer-se. Da mesma forma como o ser humano tridimensionalmente
vivo no mundo temporal não poderá de forma plena distinguir os traços do seu rosto e aparência sem o
auxílio de um espelho. Portanto, não poderá o Espírito reconhecer-se objetiva e subjetivamente se não exteriorizar-se num corpo humano.
Os Conhecimentos
Metafísicos Budista, Hinduísta e Taoísta, enfatizam que perante o mundo das aparências
ilusórias (Mâyâ) faz-se complementado um outro. Neste, existe uma realidade
muito mais profunda. A pergunta que faço é: Será possível trocar de pensamento mundano por outro pensamento que se realize para a
vida interior? Sim, é amplamente
possível. O problema decorrente no existencial foi criado, absorvido e mantido
por nós mesmos. No entanto, a troca só se realizaria se de algum modo não
doutrinário, dogmático, ou preconceituoso, se influenciasse mais positivamente,
como um processo de amadurecimento, todo aquele que buscou para além da opção religiosa.
A
Mudança da Chave Consciencial é de Reorientação.
No momento presente, Junho de 2015, nos
encontramos como pensamento, dissociativos
para com a Era que Passou. Tudo que
enfoca no Pessoal ressurge como Impessoal e tudo aquilo que se produzia
Intelectual vem se valorizando por Níveis Intuitivos. Dessa forma isso se
traduz por grandes contrastes
provocando muitos choques nas expressões mundanas de personalidades egóicas, com
aumento nas inquietações; tudo enfim se despontará numa gigantesca reversão de valores.
Nesse
ponto começa a confusão. Não mais vivenciando um Samsara (dar voltas ou andar
em círculo), deveriam ser interrompidos cursos de formação de instrutores
de Yoga (abertos a iniciantes de todos os
níveis). É de todo incipiente para o momento presente. Colocar-se apenas
como um emprego, ofertando sessões de Yoga sem aprofundamento da própria
sensibilidade interna, é o maior erro. Em cursos que ensinam teoria e prática de técnicas com estágio orientado, recebem certificado de
nenhuma validade e surgem como instrutores esquecidos quanto ao propósito
fundamental do Yoga que é a Liberdade (Morsha).
Não são preparados, mesmo por esses Swamis modernos, fotografados à margem do
Ganges em atitude contemplativa, que não ensinam sobre o Aperfeiçoamento Psíquico. Se concluem um curso de instrutor
limitado às aparências, desconhecendo a própria profundidade, como poderão só
através dos asanas permitir que seus
alunados conquistem sintonização com o seu corpo, quando eles próprios como
instrutores não desenvolveram mudanças fundamentais em si mesmos?
O que compartilho dentro dos recintos do Núcleo
Maha vidya de Yoga é por princípio um trabalho de duas décadas, pensado e
repensado nas raizes da Tradição Siddha. Comprometo-me, com todos os alunos do
Núcleo, em abrir a cada um horizontes para que levem a liberdade e
interioridade cada vez mais para dentro de si mesmos. É ótimo cultuar um Yoga no
qual impregnamos o praticante com o toque da paz, pelo auto aperfeiçoamento
psíquico, desabrochando seu próprio valor enquanto ser humano vivo. É excelente um Siddha poder transformar
ignorância em conhecimento. Tomar plena consciência do mais alto é esquecer e
superar o inferior em nós.
Que o Supremo Îshvara (Deus)
seja
Bendito por tudo quanto nós
já achamos ao procurá-Lo.
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