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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Experiência com Devas



Uma Experiência pessoal esotérica
 com o Deva da cachoeira



    Em frente, a pouca distância, ouvia-se o som bem mais forte da segunda cachoeira. Como sempre, liderados pelo Guia, adentramos a atmosfera de indiscutível presença de um Deva. Enquanto caminhávamos por trilha fechada, por um desses hiatos apenas conhecidos pelos Adeptos, entre o causal e o status do Deva da cachoeira se compartilhou bem íntima. Eu identificava o som, agora já tão próximo, e sentia o Grupo atraído fortemente em direção cada vez mais próxima ao som da cachoeira, quando de repente, ei-la que surge inquebrantável e mais ruidosa ainda. 


Ficamos todos de atraídos para empolgados diante de tamanha força vital muito maior que nós mesmos e reconhecia o hábil protocolo da Mãe Natureza que diz: não se nasce sabendo. Não haveria, portanto, meias palavras diante da beleza incompreensível até que experimentamos com a visão (a extensão do tato), que possibilita-nos expandir e compreender.
        Esse Hiato Mágico iluminou minha mente (corpo mental, tal qual um fio sutil), podendo ver o espetáculo que, junto a queda, derramava-se matizando cores que tocando o espelho turbulento d’água lampejavam energias coloridas. Por toda complexidade que seja o Mundo Dévico, havia um padrão arquetípico operando-se ao nível das rochas, do solo úmido, da vegetação em volta, em equilíbrio atmosférico local, ajustando-se segundo os padrões etéricos humanos do Grupo, modelo físico, órgãos, glândulas, chakras e finalmente os delicados veículos de consciência. Tudo isso se fazia fluir para dentro e para fora da esfera de influência do Deva.
    Como não explorar o local?!  “Só descendo por Rapel”, alertou-nos o Guia. Não explorar aquelas águas pareceu-me uma possibilidade muito mais assustadora. Se a coragem permite transformar a incerteza numa originalidade momentânea, renovando o espaço limitado de ver o espetáculo pelo alto, resolvo por arriscar e desci em Rapel.



Descer uma encosta lisa, o tempo todo úmida e não havendo outro caminho senão este, é ter disposição para divergir de muitos pontos de vista dominantes. Como não descer, se todo o local era guarnecido por um Deva pertencente a uma vasta hierarquia de seres suprafísicos e, esclareço mais, atuando como Agente de Deus.


   Cair em águas administradas por esse Deva, sentir a força da correnteza e, em contrapartida, sentir também o elemento Ar esvoaçando a bolha translúcida que está fixa bem na superfície do local de queda... Como não contatar-se com esse oceano de brisa forte, úmida e poderosamente ativa?  Como Adepto (...), sincronizei tudo isso para com o reflexo do Padrão Sefirótico que diz: “O Corpo é o estágio final em qualquer processo Kabalístico. Se algo que está abaixo não atingi-lo, então a operação secreta estará incompleta”. Revelo que o Self Humano tem íntima comunhão com os átomos do Deva (e nada mais posso adiantar). Converso com o Guia, “É um raro momento e rara ocasião; obrigado por trazer-me aqui”. Já é dificultoso transcender nossa experiência normal e descer no Rapel. Quando vi o Dentista segurar a corda, entendi como foi ponto crucial para ele tomar a decisão e vir juntar-se a mim.


Embora haja uma situação de perigo real, ela não é potencial. Ela se contorna na técnica. Diante daquele magnífico cenário, seria uma perspectiva bem mundana temer e evitar. Sei que o ego humano faz seu desconfortável papel no medo. O medo se insinua para depois adequar-se dentro da coragem. Qualquer um que reúna conjuntos de escrúpulos e convicções pelas quais temam a própria extinção num acidente, isso é medo. Uma vez lá embaixo enfrentamos uma água de 10o, contudo convenci o dentista a banharmo-nos ali, e o fizemos por 30 minutos. Ali estava um pouco do passado submerso naquele local. A água borbulha oxigenada acima de mim, empurrando-me para baixo. Colhi a impressão (pois concentrava-me no fundo e num ponto para compreender bem tudo) de que era um processo de vida objetivamente só para os Devas e não propriamente para um humano mundano. Havia embaixo d’água um outro sentido não mais temporal, onde cada polegada cúbica era onipresente num tempo em movimento bastante acelerado, indicando ser um Portal de Seres Ultraluminosos; e eu os vi. Ao subir para a superfície, ouvia internamente: “A Idade da Forma não é a Idade da Alma”.


 

Eu nadava de retorno à margem meditando se algum dia a totalidade da Humanidade chegaria também a possibilitar seus contatos sensoriais tornarem-se sagazes para ver e compreender a vida que fenomeniza a existência. Sobretudo nascer já percebendo que ele será a causa de toda limitação, sentimentos desagradáveis, erros, como também amor, harmonia, e gozar da felicidade nos três aspectos, corpo alma e espírito. 


 

Saí da água e juntos, o dentista e eu, olhamos mais uma vez a força da água e prestamos nossa homenagem. Subi, por último, irradiado e vibrado com tanto Amor Dévico. 





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